Eixos de Atuação

Eixo Arte e Cultura
Este eixo busca explorar a arte como uma forma de conhecimento produzido na universidade, capaz de desestabilizar a ordem vigente e questionar verdades estabelecidas. A arte, por sua natureza, provoca deslocamentos tanto para quem frui das obras quanto para os artistas que as criam. Vivenciar as expressões artísticas - a música, a literatura, a dança, as artes visuais, o teatro e o cinema - produzindo e apreciando, provoca transformações individuais e coletivas. Essas transformações, despertadas pela fruição, acontecem no processo de auto expressão, reflexão e aprimoramento, assim como durante a observação das obras artísticas como relato histórico-cultural. As propostas do eixo Arte e Cultura buscam, portanto, equilibrar o aspecto transformador com o estético, reconhecendo que a função da arte é ordenar e expandir as dimensões da experiência humana.
Eixo Articulação em Saúde
O eixo “Articulação em Saúde” tem como objetivo promover a integração interprofissional entre serviços e práticas de saúde, com foco nos direitos sexuais e reprodutivos, para avançar no cuidado centrado nas necessidades de mulheres e pessoas com útero dentro do Sistema Único de Saúde. A proposta busca atuar de forma intersetorial e intercampus na UFSCar. As ações visam descrever os serviços oferecidos, mapear indicadores de monitoramento e construir, de forma colaborativa, caminhos para a incorporação desses indicadores na atenção à saúde, sempre respeitando a perspectiva dos direitos sexuais e reprodutivos.
Eixo Direitos Humanos e questões de gênero na universidade
Direitos Humanos e questões de gênero na universidade correspondem a campos de ativismos, militâncias e produção de conhecimento, nos quais teoria e prática se articulam como potências de transformação das relações sociais. Com suas específicas construções e saberes, quando entrelaçados em seus conjuntos semânticos de paradigmas e linguagens, Feminismos e Educação se colocam como determinantes para dar sentido e ressignificar, de modo interdisciplinar, abordagens, conceitos, definições e referenciais teóricos, bem como práticas, fazeres, métodos, projetos, programas e ações que concorram para dialogar sobre política, cidadania, democracia representativa e democracia radical, sempre ao considerar as mulheridades e o modo como se colocam transversalmente as categorias classe, raça, geração, orientação sexual, identidade de gênero e território. Nessas direções e ao considerar ainda uma Teoria das Mulheres em Movimento, os Feminismos Múltiplos, as Interseccionalidades, as Alquimias e as Consubstancialidades, no presente eixo são colocadas, em perspectiva universitária e acadêmica, a importância da visibilidade, do reconhecimento, das redes, dos recursos pessoais, individuais e de grupos, de modo a fomentar a participação das mulheres nas variadas instâncias da Educação Superior e demais contextos sociais, a partir de contribuições historicamente construídas, seja nos Movimentos Sociais Populares, seja nas Políticas Públicas.
Eixo Equidade e Interseccionalidade
A interseccionalidade na universidade é essencial para entender e abordar as múltiplas formas de discriminação que afetam indivíduos e grupos. O conceito destaca como diferentes dimensões da identidade, como raça, gênero e classe social, interagem para criar experiências únicas de marginalização. Nas universidades, a interseccionalidade exige políticas e práticas que reconheçam essas diferenças, promovendo um ambiente inclusivo e equitativo. Isso inclui programas de apoio para grupos sub-representados e currículos que reflitam a diversidade, visando mitigar desigualdades e preparar melhor os alunos para enfrentar as complexas realidades sociais. As reflexões de feministas negras, tanto no campo científico quanto em suas práticas políticas e culturais, são uma importante contribuição para o avanço da equidade de gênero e para o combate ao racismo e machismo no Brasil. Uma das ações desse eixo é a promoção da Aciepe "Feminismo Negro: Reflexão, Memória e Cultura", que visa apresentar a reflexão interseccional à comunidade acadêmica e ao público geral. A Aciepe inclui leituras de textos acadêmicos de feministas negras, rodas de conversas com pesquisadoras negras e atividades culturais baseadas em dramaturgia negra.
Eixo Maternidade e Ciência
O eixo "Maternidade" tem como objetivo fomentar e mediar discussões sobre o impacto dos filhos na vida das mulheres na UFSCar. Nosso propósito é criar espaços seguros de apoio mútuo, onde as mães possam compartilhar suas experiências, desafios e estratégias para enfrentar o sexismo e a discriminação. Além disso, esse eixo integra o Movimento Parent in Science como um grupo de trabalho na UFSCar, dedicado a apoiar pesquisadoras que são mães e a garantir a admissão e a permanência das alunas-mães nos cursos de graduação e pós-graduação.
Eixo Mulheres e Meninas na Ciência
O eixo "Mulheres e Meninas na Ciência" do Observatório Mulheres UFSCar busca incentivar mais meninas a escolherem carreiras científicas e promover a igualdade de oportunidades para mulheres cientistas. Este grupo multicampi tem como objetivo principal desenvolver propostas que identifiquem e removam entraves institucionais ao crescimento feminino, abrangendo docentes, discentes e técnicas administrativas. Suas ações incluem a criação de políticas inclusivas, o engajamento de mulheres cientistas em atividades de extensão voltadas para meninas, o reconhecimento de iniciativas que incentivem a presença feminina nas ciências, e a organização de eventos de divulgação científica. Além disso, o eixo busca formar parcerias entre laboratórios de pesquisa da UFSCar e escolas, promovendo projetos científicos de professoras e alunas do ensino básico, e discutir os desafios enfrentados por mulheres em carreiras de Física, Engenharias, Matemática, e Computação. A criação de uma rede de integração com outras instituições para troca de experiências e apoio mútuo também faz parte das metas do grupo.
Eixo Mulheres indígenas e Interseccionalidade
O eixo “Mulheres indígenas ” tem como objetivo principal propor reflexões em torno da experiência das mulheres indígenas na Universidade, considerando a diversidade étnico cultural presente na UFSCar e como esses moradores sociais: ser mulher e ser indígena afetam sua vida acadêmica. Além desses marcadores, o eixo atua na perspectiva de acompanhar de perto as mães indigenas, conhecendo suas demandas cotidianas, juntos aos seus bebês e crianças. Trata-se de um eixo com foco nola luta por pertencimento, permanência e inclusão de mulheres indígenas na Universidade.
Eixo Mulheridades atípicas e formas de acessibilidade
O eixo “Mulheridades atípicas e formas de acessibilidade” tem como objetivo principal propor reflexões em torno da experiência das mulheres atípicas na Universidade, de maneira ampla, – sejam elas docentes, estudantes e TA’s com algum tipo de condição de vida que imponha um desenvolvimento neuro-divergente. Esse eixo ainda inclui a experiência da maternidade atípica: as mães cujas filhas e filhos tenham uma condição neuro-divergente, e os desafios relacionados à vida acadêmica. Dar visibilidade à voz dessas mulheres e às suas experiências de exceção, inscrever na linguagem os seus relatos – tantas vezes invisibilizados –, tecer redes de apoio seguras para a sua permanência no espaço da Universidade e refletir sobre os impactos do sexismo e do machismo nesse lugar singular de existência das mulheres atípicas são os objetivos principais – de estudo e de atuação – desse eixo.